Era pra ser apenas mais uma tarde ensolarada de verão, mais de repente o céu que era azul desbotou, o sol que brilhava lá no alto apagou-se, e deu lugar a raios e trovões, foi quando em meio aquela tempestade um feixe de luz invade aquele quarto de UTI, o ultimo suspiro, o fim da agonia, porém o sorriso inocente de uma criança tornou-se desespero pela rua vejo um menino gritando desesperadamente “EU QUERO MINHA MÃE”, tal ato despertou a curiosidade dos vizinhos, e eu estava lá na porta daquela casa, sem compreender o que estava ocorrendo, inocente, era só mais uma criança assustada em meio aquele tumulto, minha família pouco a pouco chegava, visivelmente abatidos, alguns chorando, vieram me abraçar, como se tentasse me consolar, mais consolar por quê? Não sabia o que estava acontecendo, então percebo que o menino que gritava na rua, era meu irmão, e tão inocente quis acalmá-lo, lhe disse “mano, não chore a mãe está vindo pra casa”, realmente ela estava voltando, mais não da forma que eu com apenas seis anos pudesse compreender, foi quando uma de minhas tias me leva em um quarto, aah foi naquele quarto que aquela que o que era só pra ser mais uma tarde de janeiro, tornou-se a pior tarde da minha vida, foi ali que descobrir que minha mãe retornaria pra casa, porém, dentro de um caixão, mas foi só quando dei o beijo de adeus, quando senti o ar gelado do seu rosto que realmente compreendi que nunca mais a teria novamente. (....)
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