terça-feira, 31 de agosto de 2010

_Todos os dias eu vivo a mesma rotina. Trilho o mesmo caminho. As mesmas ruas, as mesmas árvores, as mesmas horas. Todos os dias. Mas bem, nenhum dia tem sido igual ao outro. Dois dias atrás, apesar do frio, meu coração estava quente, minha alma agasalhada. Tudo mudou. Tudo sempre muda. Dois dias atrás. Hoje me vejo só. Trilhando o mesmo caminho. Cortando a mesma neblina. Fotografando o inverno com os olhos e com a camera. Voltando ao raciocinio sobre árvores, eu já posso contar as folhas que cada uma ainda tem em seus galhos. Eu sou uma folha? Estou atada a alguma árvore? Espero que não.
E aqui continua frio. Estou bem hoje. Já senti o odio e o amor que deveria ter sentido e o incrível é que ambos pela mesma pessoa. Agora me resta a indiferença. Ou diferença? Que não haja sentido explícito, mas sim algo nas entrelinhas. Algo que só quem já viveu um amor de verdade, uma paixão quente arrebatadora sabe ler. Só isso.
"Quando acordei senti que esse dia seria frio, talvez o mais frio. Agora essa névoa cortanto meus dedos e o rosto me dizem: o que dói mesmo é o frio de dentro!"

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